terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ausencia

Meus amigos leitores,
Venho passado um periodo turbulento na minha vida.
Desculpa a Ausência, em breve voltarei.

Att, André Jr.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Oni Ibejada !

Ibeji em realidade, duas divindades gêmeas infantis, ligadas a todos os orixás e seres humanos.Por serem gémeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e nasce: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc.
Ibeji é tudo o que existe de bom, belo e puro; uma criança pode-nos mostrar o seu sorriso, a sua alegria, a sua felicidade, o seu falar, os seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o voo das aves, na beleza e perfume das flores.
A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de um momento feliz, de uma travessura, e você estará a viver ou revivendo uma lenda destas crianças.
Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu na nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, Ibeji já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.
"
Origem: Nigéria
 .Data: 27 de Setembro
. Filiação: Oxalá e Yemanjá
. Elemento: Ar
. Suporte: Tudo o que se inicia, tudo o que brota e todas as manifestações da dualidade.
. Cores: Rosa e Azul
. Colares: De contas nas cores azul claras ou rosas (na umbanda).
. Oferendas Rituais: Caruru, vatapá, feijão fradinho, feijão branco, cana de açúcar, frangos de leite, balas e doces.
. Bebidas: Guaraná.
. Flor: Jasmim
. Frutas: Maçã e Morango
. Minérios: Ouro e latão
. Cristais: Ágata e Diamante
. Signo: Gêmeos
. Dia da Semana: Domingo
. Sincretismo: São Cosme e São Damião

sábado, 24 de setembro de 2011

Oração a Tranca-Ruas

Senhor Tranca-Rua das Almas, senhor do sétimo grau de evolução da lei maior de Ogum, conhecedor de todas as magias e demandas praticadas por seres sem luz, interceda em meu caminho livrando-me de toda a energia que possa atrapalhar minha evolução; fazei de meus pensamentos uma porta fechada para a inveja, discórdia e egoísmo.Dos sete caminhos por ti ultrapassados, foi na rua que passou a ser dono de direito, abrindo as portas para os espíritos que merecem ajuda e evolução e fechando para os que querem praticar a maldade e a inveja contra seus semelhantes.Fazei meu coração mais puro que meus próprios atos; Fazei de minhas palavras a transparência da humildade;Fazei do meu corpo aparelho da caridade, pois a teu lado demanda comigo não existirá, estarei coberto por sua capa que protege e abriga seus filhos.Senhor Tranca-Ruas das Almas agradeço por tudo que me fizeste aprender nesta vida e em outras que passei ao seu lado, rogo por vós a proteção para mim, para meus irmãos !de fé, para minha família e porque não para meus inimigos.Abençoe a guarde esses filhos que um dia entenderam o verdadeiro sentido da palavra Umbanda.
Laroiê Exu !

O poder das Velas

O ato de acender uma vela transforma os estímulos visuais da luz da chama em um código que ativa em nossa mente a força do elemento ígneo, o fogo, trazendo com isso o despertar de nossas lembranças mais antigas, de nossa ancestralidade espiritual.
Por exalar o calor, símbolo da vida, a chama da vela possui um amplo sentido, despertando nas pessoas esperança, fé e amor.
A chama da vela é capaz de irradiar ondas imperceptíveis aos nossos olhos, mas que fluem em determinada vibração. São ondas eletromagnéticas sutis, que geram magia sutil. Portanto, ao acender uma vela estaremos efetuando um ato magístico e enviando energias sutis ao Cosmo.
A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Congá, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos de magia.
Quando um Umbandista acende uma vela, está abrindo uma porta interdimensional, e conscientemente poderá acessar a força de seus poderes mentais.
A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo, tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas.
A vela desperta, nas pessoas que acreditam em sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra – sensoriais em estado latente.
Uma das várias razões da influência mística da vela na psique das pessoas é a sensação de que ela, através de sua chama, parece ter vida própria. Embora, na verdade, saibamos, através do ocultismo, que o fogo possui uma energia conhecida como espíritos do fogo ou salamandras.
Se uma pessoa usa suas forças mentais com a ajuda da magia das velas no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando – as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno são sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.
Quando acendemos uma vela, a imantamos mentalmente com uma determinada intenção, acompanhada de sentimentos. A vela passa a ser uma fonte emissora repetitiva dessa intenção e sentimento, enquanto acesa. Ocorre por vezes, espíritos sofredores e necessitando de auxilio podem ali se chegarem, tanto para tentar absorver parte dessa emissão, ou na esperança que, se alguém conseguiu ali alguma ajuda ou alivio, poderiam eles também adquirir essa graça. Não que tenham más intenções, mas a simples presença deles, por estarem ainda em desequilíbrio, pode afetar a harmonia do ambiente.
Portanto, é bem melhor evitar tal pratica do que estar sempre sujeito a doutrinar constantemente tais espíritos, visto que em nossa casa não é o local propicio para tal pratica caritativa, até por segurança. Explicasse aí as restrições feitas por parte da Espiritualidade que atua junto ao Espiritismo quanto a evocações com intenções de doutrinação em reuniões familiares. O acender velar é uma forma de evocação também.
As velas acesas fora de casa não trazem qualquer problemas de ordem espiritual. Nossos lares, desde que respeitando o mínimo de harmonia e equilíbrio, possuem uma proteção natural advinda da Espiritualidade, que impede o acesso de espíritos ainda em perturbação espiritual de qualquer nível.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pombagira Rosa Caveira


Bom essa Lenda que será contada aqui, pertence à uma de suas vidas passadas, lembrado que nem sempre a Rosa Caveira que incorpora em Cicrano, é a mesma que incorpora Fulano. Então a historia poderá ser diferente da outra, mas sempre será a mesma Rosa Caveira. Larôye Pomba Gira.
Ela viveu aproximadamente á 2.300 anos antes de Cristo, na região da Mongólia, os seus pais eram agricultores e tinham muita terra. Ela era uma das 7 filhas do casal, sendo que seu nascimento, deu-se na primavera e a mãe dela tinha um jardim muito grande de rosas vermelhas e amarelas, que rodeava toda sua casa. E foi nesse jardim, onde ocorreu seu parto. Seus pais além de serem agricultores, também eram feiticeiros, mas só praticavam o bem para aqueles que os procuravam, e sua mãe tinha muita fé em um cruzeiro que existia atrás de sua casa no meio do jardim, onde seus parentes eram enterrados. No parto da Rosa Caveira, a mãe estava com problemas, e dificultava o nascimento da mesma e estava perdendo muito sangue, podendo até morrer no parto. Foi quando a avó da Rosa Caveira que já havia falecido há muito tempo, e estava sepultada naquele cemitério atrás de sua casa, vendo o sofrimento de sua filha, veio espiritualmente ajuda-la no parto, sendo que sua mãe com muita dificuldade e a ajuda de sua avó (falecida), conseguiu dar a luz a Rosa Caveira, e como prova de seu Amor a neta, sua avó, colocou em sua volta, várias Rosas Amarelas e pediu a sua filha que a batiza-se com o nome de ROSA CAVEIRA, pelo fato dela ter nascido em um jardim repleto de Rosas e encima de um Campo Santo (cemitério), e também por causa da aparência Astral de sua mãe (avó), que aparentava uma Caveira. E em agradecimento a ajuda da mesma, ela colocou uma Rosa Amarela em seu peito e segurando a mão de sua mãe, a batizou com o nome de ROSA CAVEIRA DO CRUZEIRO, conhecida com o nome popular de Rosa Caveira.
Ela cresceu com as irmãs, mas sempre foi tratada de modo diferente pela suas irmãs, sempre quando chegava a data de seu aniversario sua avó ia visitá-la (espiritualmente), e por causa destas visitas e carinho que seus pais tinham a ela, suas irmãs começaram a ficar com ciúmes e começaram a maltratar a Rosa, debochar dela, chamar ela de amaldiçoada pois havia nascido encima de um Campo Santo e seu parto feito por uma morta, de caveira dos infernos, etc. E a cada dia que se passava, Rosa ficava com mais raiva de suas irmãs. Então ela pediu para seus pais, que ensinasse a trabalhar com magia, mas não para fazer maldade, mas sim para sua própria defesa, e ajuda de pessoas que por ventura a fosse procurar. Sua avó vinha sempre lhe dizer que ela precisaria se cuidar, pois coisas muito graves estariam para acontecer. Seu pai muito atencioso a ensinou tudo o que ela poderia apreender, e também ensinou-a a manejar espadas, lanças, punhais, ou seja, armas em geral. Sua mãe lhe ensinou tudo o que poderia ser feito com ervas, porções, perfumes, e principalmente o que se poderia fazer em um Cruzeiro. Foi ai que suas irmãs ficaram com mais raiva ainda, pois ela estava sendo preparada para ser uma grande Feiticeira, e sendo ajudada por seus Pais e sua Avó, e zombava mais ainda dela, chamando-a de mulher misturada com homem e demônio, uma aberração da natureza, não por causa de sua aparência, pois ela era linda, mas sim por vir ao mundo nas mãos de uma Caveira (sua avó), e ter nascido encima de um cemitério.
Suas irmãs se casaram com agricultores da região, porém uma de suas irmãs (a mais velha), se aperfeiçoou em Magia Negra, e por vingança do carinho e a presteza que seus Pais davam a Rosa e não a elas, não porque seus pais gostavam mais dela, pois eles tinham amor igual a todas, mas Rosa demonstrava mais interesse do que as outras, ela fez um feitiço que matou seus pais. A Rosa com muita raiva, matou sua irmã e seu marido. As outras irmãs com medo dela, juraram lealdade a ela e nunca mais zombaram dela.
Aos 19 anos ela saiu ao mundo querendo descobrir algo novo em sua vida, foi quando ela conheceu um homem (Mago) que tinha 77 anos, e juntos com seus 4 irmãos, ele foi ensinando a ela varias magias e feitiços, tudo sobre a vingança, o ódio, a dor, pois esse homem era o Mago mais odiado e temido da redondeza pelos Senhores Feudais e Magos Negros. Vivia em um cemitério com seus 4 irmãos e discípulos. Ela aprendeu a ver o futuro e fazer várias Magias de um modo diferente, sempre usava um crânio tanto humano como de animal e em sua boca colocava uma rosa amarela, foi quando em uma de suas visões, viu suas irmãs planejarem sua morte. Ela por sua vez muito esperta, fez uma Magia, que matou todas suas irmãs. Após fazer isso ela voltou a companhia do mago, e com sua ajuda percorreu várias aldeias, causando guerras para fazer justiça e para livrar os povos dos Senhores Feudais, e também livrar esses povos de encantos de Magos Negros e Feiticeiros Malignos, e por causa disso ela era muito venerada, adorada e respeita por todos. Aos 99 anos, seu amado e seu mestre, morreu e ela assumiu seu lugar junto com o irmão mais velho do mago.
Aos 77 anos ela foi traída por um dos irmãos do mago falecido, o terceiro irmão, que a entregou a um mago que estava a sua procura, este Mago era um dos mais temidos e perversos e que sabia o ponto fraco dela. Com a ajuda desse irmão, esse Mago a matou, e degolou a Rosa e entregou sua cabeça em uma bandeja de ouro rodeada de rosas vermelhas, para os Espíritos dos Magos Negros. Após isso ela ficou aprisionada espiritualmente por esse mago até ser liberta pelo seu amado e mestre o mago falecido, que entregou a falange do Exu Caveira. O irmão do mago que a traiu, foi morto 3 anos depois pela própria Rosa, que deu sua alma de presente a seu Amado e Mestre, se tornando assim seu escravo.
Foi ai que ela começou a trabalhar na linha das almas e ficou conhecida como Rosa Caveira (Pomba-Gira Guerreira e Justiceira), pois em sua apresentação astral ela vem em forma de mulher ou caveira, ou meio a meio sempre com uma Rosa amarela em suas mãos e uma caveira aos seus pés, caveira esta que representa, todos seus inimigos que cruzam seu caminho.
Trabalha na linha das almas e faz parte da falange do Exu Caveira
Seu ponto de força, é no cruzeiro das almas, onde são entregues seus pedidos e oferendas.
Sua Flor preferida é Rosa Amarela
Sua guia é, preto e branco ou amarelo e preto.
Pertence a linha negativa dos pretos velhos.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Confecção do Fio de Conta


Dependendo o ritual de cada terreiro deve ser feita uma firmeza (acendendo uma vela, por exemplo) antes de montar a guia.

Para montar uma guia, deve-se estar em silêncio, com respeito. As contas, miçangas, etc. são enfiadas uma a uma no fio.

Toda guia deve ser fechada e cruzada pelo chefe de terreiro, seja pela Mãe/Pai de Santo ou pelos Guias Espirituais Chefes de seu terreiro. As guias podem ser cruzadas com pemba, ou com um amaci com as ervas do Orixá, ficando de molho por 3 dias e depois estão prontas.

Ter uma guia no pescoço, sem esta estar consagrada e imantada não representa nada, energeticamente falando, seria apenas mais um colar.


Abaixo, os materiais, contas e cores principais dos Orixás e entidades:

Oxalá
 Contas brancas (leitosa).
Oxossi
 Contas verdes.
Xangô
 Contas marrons.
Ogum
 Contas vermelhas.
Yemanjá
 Contas transparentes.
Oxum
 Contas de cristal azul claras.
Yansã
 Contas amarelas.
Nanã
 Contas roxas.
Obaluayê
 Contas pretas com contas brancas.


Pretos Velhos
Contas pretas com contas brancas, lágrimas de Nossa Senhora Sementes,  cruzes, figas (arruda, guiné,etc.)
Crianças
Contas rosa e contas azuis, (podem incluir diversas cores), chupetas, etc.
Caboclos
Contas verdes (podem incluir outras cores), sementes, dentes, penas, etc...
Boiadeiros
Contas verdes (podem incluir outras cores), olho de boi, sementes, dentes, pedaços de couro, etc.
Marinheiro 
Contas de cristal transparente ou leitosas, azuis, brancas.
Baianos
Idem aos boiadeiros.
Exu/Pombo Gira
Contas pretas com contas vermelhas; ou contas pretas com contas brancas; além de instrumentos de ferro, aço, etc.
Malandros
Contas vermelhas com contas brancas; além de instrumentos de ferro, aço, etc.


Normalmente as guias são confeccionadas seguindo um "padrão da Casa”.

Guias ou Fio de Contas

  • Conhecidas também como "Cordão de Santo", "Colar de Santo" ou "Guias", são ritualisticamente preparadas, ou seja, imantadas, de acordo com a tônica vibracional de quem as irá utilizar (médium e entidade), e conforme o objetivo a que se destinam.

    São compostas de certo número de elementos (contas de cristal ou louça, búzios, Lágrimas de Nossa Senhora, dentes, palha da costa, etc.), distribuídos em um fio (de Aço, Náilon ou fibra vegetal), obedecendo a uma numerologia e uma cromologia adequada; ou ainda, de acordo com as determinações de uma entidade em particular.

    As contas de louça lembram, por sua composição, a mistura de água e barro, material usado para criar o mundo e os homens, por isso são as mais usadas.


    Para que servem

    ·         Têm poder de elevação mental. Se utilizadas durante um trabalho espiritual, tem função de servir como ponto de atração e identificação da vibração principal e/ou falange em particular, atuante naquele trabalho, servindo assim como elemento facilitador da sintonia para o médium incorporado. Elas nos auxiliam em nossas incorporações, pois estas atraem a "energia" particular de cada entidade, captando e emitindo bons fluidos, formando assim, um círculo de vibrações benéficas ao redor do médium que as usa.

    ·         Servem como pára-raios. Se há uma carga grande, ao invés desta carga chegar diretamente no médium, ela é descarregada nas guias, e se estas não agüentarem, rebentam.

      Podem ser utilizadas pelo médium, para "puxar" uma determinada vibração, de forma a lhe proporcionar alivio em seus momentos de aflição.
     

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A viagem

Estava diante de um hospital. Na realidade acabara de ser colocado na porta de entrada de um hospital.
Não sei por que havia sido levado até ali, mas alguma coisa moveu toda minha vontade para adentrar o mesmo e assim eu fiz.
Não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas sentia como se alguém guiasse os meus passos.
Eu queria parar de andar para raciocinar um pouco sobre o que ocorria, mas estava tomado por uma determinação muito grande dentro de mim e por ela fui impelido a continuar andando.
Quando cheguei  frente à porta do apartamento 156 alguém determinou que eu parasse e obedeci prontamente.
Parei e nem tive muito tempo de pensar no motivo por que senti alguém tocar-me no ombro, por trás. Era um homem de estatura mediana, calvo, magro, olheiras profundas e aparência bem debilitada que disse a mim:
— Ajude-me!
Eu só o respondi:
— Senhor?
— Ajude-me, por favor!
Procurei mentalizar em quem me levara até ali para entender qual procedimento tomar, mas não obtive resposta. O homem pediu-me novamente:
— Ajude-me!
— Como poderia ajudá-lo?
— Não sei! Só me pediram para vir procurá-lo.
— Quem pediu?
— Ajude-me!
—Senhor?
— Ajude-me, por favor!
Pensei: o jeito vai ser rezar um Pai-Nosso e uma Ave-Maria para ver se ajudo este homem. Assim eu fiz, mas ele prosseguia em minha frente a pedir ajuda.
Comecei a pensar que estava em algum tipo de pesadelo e pedi licença por alguns instantes; no entanto, a minha intenção era seguir andando em direção à porta de entrada do hospital para fugir daquela situação.
Contudo, ao chegar em frente do local desejado, observei que a cruz vermelha pintada na porta brilhava como se possuísse vida própria; então, imediatamente lembrei-me de um mistério de Obaluayê: o mistério das passagens!
Percebi que o pedido de ajuda poderia estar relacionado com este fato e retornei para frente do apartamento 156.
O homem que solicitava ajuda tinha os olhos banhados por lágrimas, mas, ainda assim continuava a pedir socorro.
Olhei profundamente nos olhos do transtornado homem e perguntei:
— O senhor precisa de ajuda com espíritos desencarnados?
— Espíritos? Isto é coisa do demônio! Você tem parte com o demônio?
Tornei a pensar que estava em um pesadelo, pois não entendia o que ocorria, no entanto, voltei a olhar nos olhos do homem e disse:
— Não senhor! Não tenho parte com nenhum demônio!
— Ah bom, por que preciso de ajuda, só que não estou tão desesperado assim! Quando morrer não quero ir para o inferno!
Parei de pensar que estava louco por que não sou louco! Se estava ali havia alguma finalidade e se não sabia qual Deus, onisciente, com certeza saberia.
Tornei a fechar os olhos e rezei novo Pai-Nosso e nova Ave-Maria só que desta vez sem o sentimento de querer livrar-me de um incômodo: meu pensamento era só ajudar por que o homem precisava e pedia por ajuda.
Ao descerrar os olhos o homem ainda estava à minha frente pedindo ajuda. Assustei-me com a situação, mas procurei manter a serenidade de minhas emoções.
Alguém, enfim, disse em minha mente:
— O que você viu, seu coração sentiu. Siga o seu coração e faça o que tem de fazer!
— Como assim?
Um silêncio interminável e incompreensível foi a resposta , então eu me pus a pensar: “ A única coisa que vi e que mexeu com o meu coração foi o estranho brilho na cruz da porta de entrada do hospital e que me remeteu à Obaluayê, sendo assim...... Já sei, acho que entendi! Obrigado meu Deus!!!”
Ajoelhei-me no corredor do hospital e procurei fazer o que sentia que deveria ser feito. Poucos instantes depois um portal luminoso abriu-se diante de mim e de dentro dele saíram dois seres que emocionavam todo o meu ser tamanha era a vibração de amor irradiada por eles.
O senhor que estava a me pedir ajuda, quando viu estes seres, exclamou:
― Deus é fiel! Obrigado pelo  arrebatamento meu pai! Os senhores são anjos que aqui estão por parte do Alto do Altíssimo?
Sorrindo eles responderam que sim e o homem, assim, fez outra pergunta:
― Os senhores vão me levar para me mostrar como é o céu?
Sorrindo, outra vez, eles responderam que sim e, instantes depois, todos atravessaram o portal que se fechou por detrás deles.
Alguém, então, tornou a dizer-me mentalmente:
― Aprendeu filho?
― Sinceramente não! Não existe aprendizado sem entendimento e eu não entendi nada que aconteceu aqui!
― Se você quisesse, de fato, entender de maneira mais fácil, bastaria ter feito uma prece antes.
― Antes? Mas eu fiz preces e estou certo que o senhor viu estes momentos!
― Antes, filho!
― Antes? Como assim?
― De onde você veio antes de entrar neste hospital?
― Não sei!
― Pense Jorge, vamos!
― Não consigo recordar-me!
― Você estava dormindo Jorge!
 Estava dormindo, mas agora estou acordado, qual o problema? Não entendi a relação!
― Você não está acordado: está desdobrado, entretanto seu corpo físico está em repouso em seu leito lá no apartamento onde você mora!
― Como? Agora eu estou dormindo? Como isto é possível? Eu posso me tocar, sentir meu coração bater, como pode ser isto?
A porta do quarto 156 se abriu e de dentro dela saiu um médico com o semblante pesaroso; entretanto, quando a porta estava semi-aberta, Jorge viu o corpo do homem que lhe pedira ajuda anteriormente deitado em cima de uma cama.
― Está entendendo filho?
― Acho que agora tudo ficou claro: Deus me trouxe até este hospital para auxiliar no encaminhamento do espírito do senhor que aqui me pedia ajuda e que faleceu recentemente. È isto?
― Continue!
― O senhor recém-falecido não tem afinidade alguma com a teologia espírita e afins.
― Perfeitamente!
― Deus! Mas se o senhor houvesse aparecido antes e me esclarecido todas estas coisas eu não teria passado por tanta aflição! Por que o senhor não se apresentou antes, para ajudar-me?
― Se você souber que ao viajar para certa localidade deve levar quarenta peças de roupa e, no entanto, leva apenas vinte peças passando, por conta deste equivoco, por momentos de aflição durante a viagem, de quem é a responsabilidade pela aflição?
― Minha somente!
― Pois então, foi isto que você fez esta noite antes de dormir e tal é a justificativa para sua aflição.
― Ainda não consegui entender!
― As entidades do centro que você freqüenta já lhe explicaram sobre sua mediunidade, certo?
― Sobre o desdobramento a que posso ser submetido antes de dormir?
― Exato!
― Já sim senhor!
― E qual foi a principal recomendação das entidades a você?
― Rezar sempre e todas as noites antes de dormir, predispondo-me a servir aos desígnios divinos onde me for determinado.
― Você fez a prece esta noite, antes de dormir?
― Com certeza! Nunca deixo de fazer!
― Tem certeza?
― Bom ,na verdade posso ter dormido pouco antes do término da oração.
― Então, você acha que orou, ou não, antes de dormir?
― Orei pela metade.
― Tua viagem exigia quarenta peças de roupa e você só trouxe metade; sendo assim, só pôde receber exatamente do que trouxe como bagagem.
― É verdade!
 ― Jorge, Jorge, Jorge! Não olvide da importância de uma boa prece ao divino Criador antes do sono refazedor. Oração é sempre importante e não só por que você é portador desta forma de mediunidade, mas por que o senhor Jesus ensinou: “ Orai e vigiai “. Jamais se esqueça de que se cada um só dá do que tem, só poderá receber exatamente daquilo que ofertou.


Enviado por: Anônimo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Relato do Sr. Exú Caveira

“Eu era um desses homens de preto, que usava chapéu e ia rezar para quem estivesse desencarnando, com meu livro ´embaixo do sovaco`. Em casas ricas recebia quadros, ouro, cavalos, carroças carregadas de milho, feijão e arroz. Nas casas pobras, recebia o que tinha - uma galinha, meia duzia de ovos, o único pão, a última carne que tinha na casa do filho - em nome de um papel que eu carregava, numa época em que só valiam as riquezas, o quanto pudesse carregar. Por isso, quando desencarnei, fui parar no portão do cemitério, para receber quem ter e quem não tem, quem se cobre com jornal ou com o maior dos tesouros.

Eu sei o valor da pedra que vocês chutam e também do carvão lapidado no dedo e no pescoço de uma bela dama.
Respeitem os Exus, porque eles vivem suas alegrias e choram suas tristezas. Somos nós que esperamos vocês na concepção e no desencarne.
Estar incorporado é deixar o espírito ir e vir e deixar o espírito caminhar dentro de você. Nós vemos o mundo através de vocês, através das limitações de vocês, porque a nossa visão é mais ampla, vai além do que vocês podem ver. Nós preferimos incorporar aqui do que soltar os gritos na imensidão e as pessoas ouvirem errado e fazerem o mal. Nós, espíritos de luz, nos limitamos aos corpos de vocês, porque é melhor fazer 50 filhos nos ouvirem de cada vez do que virar uma nação inteira do avesso. Se viverem a vida com equilibrio, nós somos os mentores que vão encaminhar vocês para uma boa caminhada. Quem fizer o mal, são os exus que fazem com que ele volte para você. Estamos na Umbanda, na Igreja com os padres, na detenção com os presos...
Não tive encarnação como preto, romano, não fui de nenhum exército e nem quis ser índio. Tenho mil, dois mil, três mil ou até mais anos, mas com sabedoria e por causa dela, pude escolher onde estou e eu quis estar ao lado dos filhos.”

“ Ninguem é tão bom que incorpore Jesus Cristo, nem tão ruim que incorpore o Diabo”

“As vezes você fica ouvindo aquelas vozes no ouvido dizendo o que fazer, de certo e errado, e você pensa que são um anjo e um diabinho. A voz que te fala coisas corretas somos nós e o demônio, são vocês mesmos.”
“Sou eu quem estou no portão do cemitério recebendo quem passa encarnado e diz ´Saravá` , quem passa desencarnado ainda com lágrima nos olhos e quem passa com lágrima nos olhos para se despedir de quem ama.”

Sr. Exu Tata Caveira.

Enviado por : Julyanne Pereira

Exú não é Diabo !

Infelizmente ainda nos deparamos com vasta literatura dita umbandista que ensina como fazer o mal. Pior ainda é enxergarmos literaturas que disseminam o preconceito entre nosso próprio meio.

Não são poucos os livros, os artigos e os sites da Internet que pregam que a Umbanda é boa, mas a Quimbanda é má. Ou seja, pessoas que afirmam categoricamente que os Exus e as Pombagiras são seres que podem fazer o mal, e que todos devem tomar cuidado com este ser!

Há alguns que chegam a afirmar quais linhas da Umbanda desmancham os trabalhos da Quimbanda, e sabem tratar dos Exus. Este preconceito e infeliz ignorância (no sentido real desta palavra, não conhecimento) só traz prejuízo à nossa religião.

Quem propagou esta História de que Exu é o mal, ou o próprio capeta, foram os padres jesuítas na catequização forçada dos africanos escravos em nossa pátria. São 500 anos de preconceitos e de mentiras para que os povos não tivessem liberdade religiosa.

O que pior do que afirmar que o seu culto é demoníaco, que fará mal a você a sua família e que por isso você será eternamente jogado no inferno? a propagação do medo, e da perseguição só existiu para que esses padres pudessem cumprir sua missão que era acabar com os cultos não católicos.

Entretanto muitos foram e são os pais e mães de santo que continuam a multiplicar esta idéia equivocada para seus fiéis.
Quem disse que Exu é o mal? foram os africanos, os umbandistas? não, foram aqueles que queriam ver as religiões afro-brasileiras acabarem. Se é assim por que os ditos Umbandistas ainda continuam a disseminar o preconceito?

Está na hora de darmos um basta a multiplicação dessas mentiras!

O sociólogo e estudioso do Candomblé Roger Batsite no seu livro "candomblés da Bahia" trata bem a questão histórica e equivocada do preconceito aos Exus. Quem quiser se aprofundar neste tema encontrará lá uma boa leitura sociológica.

Mas para demonstrar como isso é uma contra-cultura basta pegarmos a razão para que Exu é saudado primeiro. Aqueles que ainda sofrem influência do preconceito católico, falam que é para despachar exu, para o mesmo não atrapalhar a gira. Entretanto os negros das antilhas e caribe falam que exu tem que ser o primeiro por que assim mandou Deus (Olorum), e os dois se baseiam no mesmo brocado Iorubá. veja o que dizem os caribenhos:

"Uma vez Olorum adoeceu, os Orixás estavam tão preocupados com a criação do mundo que deixarão o Senhor dos Senhores de lado. Exu ao ver aquilo imediatamente pegou suas ervas e ferramentas e foi curar Olorum. Curado, Olorum chama todos os Orixás e dá a sentença:

Como foi Exu que me salvou a partir de hoje ele será sempre saldado primeiro, todas as entregas serão primeiro destinadas a ele."
Quanta diferença não acham????

Para acabar com o preconceito temos que lutar contra a contra-cultura, buscarmos conhecimento e alicerçarmos nossa fé para que possamos mostrar como nossa fé é rica e como a umbanda e a sua parte quimbanda, são uma Religião de AMOR, de PAZ e de LUZ.

Que uma religião que serve a Deus e aos Orixás não pode, e de fato não o faz, nenhum tipo de ação que não seja o amor e a compaixão entre todos os seres vivos. Na Umbanda, verdadeira, não são aceitos nenhum tipo de trabalho que não seja para beneficiar todos os interessados, pois como diz o nosso Hino "a Umbanda é Paz e Amor é um mundo cheio de Luz", quem prega isso prega o que o Senhor Jesus nos ensinou, e combate justamente o mal e o ódio. Ou seja a Umbanda e a Quimbanda são ações divinas para o amor e para o combate ao mal conhecido como quiUmbanda (este "u" faz toda a diferença).

Vamos propagar a Luz, o Amor e a Paz, nosso exemplo terá mais força que mil palavras, umbandista que é umbandista é discípulo dos Orixás e assim trabalhador da seara do bem e do amor.


Enviado por : Julyanne Pereira

Nanã Buruquê


A mais temida de todas os Orixás. A mais respeitada. A mais velha, poderosa e seria. Nanã é o encantamento da própria morte. Seus cânticos são súplicas para que leve Iku – a morte – para longe e quem  permite que a vida seja mantida.
É a força da Natureza que o homem mais teme, pois ninguém quer morrer! Ela é a Senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mágico, a passagem das dimensões.
Nas casas de Santo, Nanã é extremamente cultuada e temida, pelo poder  que ostenta. É ela a mãe da varíola  e se faz presente  quando existe epidemia da doença.
Nanã também está presente nos lodaçais, lamaçais, pois nasceu do contanto com água com a terra, formando a lama, dando origem à sua própria vida. Em terras da África, Nanã é chamada de Iniê e seus assentamentos (objetos sagrados) são salpicados de vermelho.Seu dia é o Sabádo , seu metal é o latão ,sua cor é o branco e o roxo , e seus símbolos são ibiri e os bradjás (contas feitas de búzios).

Xangô


Xangô é o rei das pedreiras, Senhor dos coriscos e do trovão, Pai de justiça e o Orixá da política. Guerreiro, bravo e conquistador, Xangô também é conhecido como o Orixá mais vaidoso, entre os deuses masculinos africanos. É monarca por natureza e chamado pelo termo Oba, que significa rei. E é o Orixá que reina em Oyó, na Nigéria, antiga capital política daquele país.
No dia a dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos. Encontramos Xangô nas lideranças de sindicatos, associações, movimentos políticos, nos partidos políticos, nas campanhas políticas, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.
Xangô é a ideologia, a decisão, a vontade, a iniciativa. Xangô é a rigidez, a organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso cultural e social, a voz do povo, o levante, a vontade de vencer.Seu dia da semana é Quarta-feira , seu metal o cobre , o ouro e a prata,seu símbolo é o Machado.

Iansã

Deusa da espada de fogo, Dona das paixões, Iansã é a Rainha dos raios, dos ciclones, furacões, tufões, vendavais. Orixá do fogo, guerreira e poderosa. Mãe dos eguns, guia dos espíritos desencarnados, Senhora dos cemitérios.
Não é muito difícil depararmo-nos com a força da Natureza denominada Iansã (ou Oyá). Convivemos com ela, diariamente.
Iansã é o vento, a brisa que alivia o calor. Iansã é também o calor, a quentura, o abafamento. É o tremular dos panos, das árvores, dos cabelos. É a lava vulcânica destruidora. Ela é o fogo, o incêndio, a devastação pelas chamas.
Oyá é o raio, a beleza deste fenômeno natural. É o seu poder. É a eletricidade. Iansã está presente no ato simples de acendermos uma lâmpada ou uma vela. Ela é o choque elétrico, a energia que gera o funcionamento de rádios, televisões, máquinas e outros aparelhos. Iansã é a energia viva, pulsante, vibrante.
Sentimos Iansã nos ventos fortes, nos deslocamentos dos objetos sem vida. Orixá da provocação e do ciúme.
Iansã também é a paixão. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax, o orgasmo do homem e da mulher. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase “estou apaixonado” tem a presença e a regência de Iansã, que é o Orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúmes doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão, propriamente dita.
Iansã é a disputa pelo ser amado. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado, no campo amoroso. É até mesmo a vontade de trair, de amar livremente. Iansã rege o amor forte, violento.
Oyá é também a senhora dos espíritos dos mortos, dos eguns, como se diz no Candomblé. É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma.
Seu dia da semana é a quarta feira,rege os materias de cobre,espada de cobre e o Erukere.

Iemanjá

A majestade dos mares. Senhora dos oceanos, sereia sagrada, Iemanjá é a Rainha das águas salgadas, considerada como mãe de todos Orixás, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também como a Deusa das Pérolas, Iemanjá é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento do nascimento.
Essa força da natureza também tem um papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que vai reger nossos lares, nossas casas. É  Iemanjá  que vai dar o sentido de “família” a um grupo de pessoas  que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos, transformando-os num grupo coeso.
Iemanjá é o sentindo de educação que damos aos nossos filhos, os mesmos que recebemos de nossos pais, que aprenderam com nossos avós. Ela, Iemanjá, rege até o castigo, as sanções  que aplicamos aos filhos. É o sentido básico, é a base da formação de uma família, aquela que vai gerar o amor do pai pelo filho, da mãe pelo filho, dos filhos pelos pais, transformando tais sentimentos num só, poderoso, imbatível, que se perpetuará.
Iemanjá  é a família! Rege as reuniões de família, os aniversários, as festas de casamento, as comemorações que se fazem dentro da família. É o sentido da união, seja ligado, por laços consangüíneos, ou não.Seu dia da semana é o sabado ,Seu metal regente é o prata,Sua cor o branco quase transparente,e seu símbolo o Abebê (espelho) branco.

Obaluae


Obaluaê (ou Omulu) é o Sol, a quentura e o calor do astro rei. É o Senhor das pestes, das moléstias contagiosas, ou não. É o rei da Terra, do interior da Terra, e é o Orixá que cobre o rosto com o Filá (de palha – da - Costa), porque para os humanos é proibido ver seu rosto, pela deformação feita pela doença, e pelo respeito que devemos a este poderosíssimo Orixá.
Obaluaê está no organismo, no funcionamento do organismo. Na dor que sentimos pelo mal funcionamento dos órgãos, ou por uma queda, corte ou queimadura.
Obaluaê rege a saúde, os órgãos e o funcionamento destes. A ele devemos nossa saúde e é comum, nas Casas de Santos, se realizar os Eboris de Saúde, que fazem pra trazer saúde para o corpo doente.Seu dia é a segunda-feira,o seu metal regente é o chumbo,suas cores o preto o branco  e as vezes o vermelho , seus objetos (simbolos).
Seu simbolo é o Xaxará.

Oxossi


Oxossi é o Orixá da caça, chamando muitas de Ode Wawá, ou seja, “caçador dos Céus”. É a divindade da fartura, da abundância, da prosperidade. Em seu lado negativo, porém, pode ser também o pai da mingua, da falta de provisão.
Suas principais características são a ligeireza, a astúcia, a sabedoria, o jeito ardiloso para faturar sua caça. É um Orixá de contemplação, amante das artes e das coisas belas.
Como todos os outros Orixás, Oxossi também está no dia a dia dos seres vivos, convivendo intimamente com todos nos. Dentro do culto, ele é o caçador do Axé, aquele que busca as coisas boas para uma Casa de Santo, aquele que caça as boas influências e as energias positivas.Seu dia é a quinta-feira,Sua cor o azul celeste ou o verde e seus simbolos são o ofá,oge e o Iru Kerê.

Oxum

Oxum é a Deusa dos lagos, rios e cachoeiras. Assim como ela suas filhas são amorosas, românticas e muito apegadas à família e ao lar. E como detestam brigas, fazem de tudo para viver na mais perfeita harmonia. Oxum também pode ser invocada para todos os assuntos que estejam relacionados à maternidade. A protetora das águas doces está fortemente relacionada à sensualidade, pois é considerada a deusa da beleza. Bastante vaidosa, adora ficar se cuidando, se adimirando no espelho. Mesmo que às vezes tenha que usar da falsidade ou da esperteza, este Orixá não mede esforços para conseguir o que deseja. No Brasil, sua imagem esta relacionada ao ouro, o metal mais precioso que temos. Por ser também considerada a deusa das artes, do dinheiro e da riqueza, Oxum está associada ao luxo e requinte. Muito sentimentais, seus filhos emocionam por qualquer motivo. Na vida profissional, procuram sempre estabilidade financeira para ter tudo o que a vida pode oferecer de bom. Nas relações pessoais prezam demais a verdade e a lealdade que colocam acima de qualquer coisa na vida.Seu dia da semana é o sábado, sua saudação é Ora IêIêo , seu simbolo é o Abebê (espelho) e sua cor o dourado.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Ogum


Ele é o Senhor da guerra, indomável e imbatível defensor da lei e da ordem, defende os fracos e os que estão em demanda.
Foi Ogum quem ensinou aos homenso trabalho com ferro e aço. Seus instrumentos, além da espada são: alavanca, machado, pá, enxada, faca, etc. Com os quais ajudou os homens a dominar à natureza e a transformaá-la.
No sincretismo Ogum é associado a São Jorge, 23 de Abril.
Como está sempre ligado ao poder e a força, este Orixá não gosta de Ter suas ordens desobedecidas. Quando não é atendido fica irado e perde a razão e castiga àqueles que o desobedeceram, arrependendo-se depois.
A cor de Ogum é o vermelho, mas pode ser associado ao verde. Sua bebida é a cerveja branca, seu dia da semana é a terça-feira. 
Este Orixá foi casado com Iansã, a Orixá dos ventos, que fugiu com Xangô. Também foi casado com Oxum, a Orixá da água doce, que abandonou Ogum para se casar com Oxossi, o Orixá das matas.
Ogum também é considerado o Senhor dos caminhos. Ele protege as pessoas em locais perigosos, dominando a rua com o auxílio de Exu, seu irmão e rei das encruzilhadas e dos cemitérios.

Oxalá



Orixá associado à criação do mundo e da espécie humana. Apresenta-se de duas maneiras: moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufam. 


O símbolo do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado em metal, chamado ôpá xôrô. 


A cor de Oxaguiam é o branco levemente mesclado com azul, do de Oxalufam é somente branco. O dia consagrado para ambos é a sexta-feira. 


Sua saudação é ÈPA BÀBÁ ! Oxalá é considerado e cultuado como o maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. 


Simboliza a paz é o pai maior nas nossas nações na Religião Africana. É calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos os Orixás e todas as nações. A Oxalá pertence os olhos que vêem tudo.

Céu e Inferno


Um dia, enquanto caminha pela rua, uma mulher de sucesso, diretora de Recursos Humanos, é tragicamente atropelada por um caminhão e morre.

Sua alma chega ao paraíso e se encontra, na entrada, com São Pedro, em carne e osso.

-  Bem-vinda ao paraíso, diz São Pedro.

Antes que você se acomode, parece que temos um problema. Você vai perceber que é muito raro um diretor chegar aqui e não estamos seguros do que fazer com você.

-  Não tem problema, deixe-me entrar.

- Bom, eu gostaria, mas tenho ordens do Superior.

O que faremos é fazer com que você passe um dia no inferno e outro no paraíso, e então poderá escolher onde passar a eternidade.
-  Então, já está decidido.
Prefiro ficar no paraíso,diz a mulher.
-  Sinto muito, mas temos nossas regras.

E, assim, São Pedro acompanha a diretora ao elevador e desce, desce, desce até o inferno.

As portas se abrem e aparece um verde campo de golfe. Mais distante um belo clube. Lá estão todos os seus amigos, colegas diretores que trabalharam com ela, todos em trajes de festa e muito felizes. Correm para cumprimentá-la, beijam-na e se lembram dos bons tempos. Jogam uma agradável partida de golfe, mais tarde jantam juntos num clube muito bonito e se divertem contando piadas e dançando.

O Diabo, então, era um anfitrião de primeira classe, elegante, charmoso, muito educado e divertido.

Ela se sente de tal maneira bem que, antes que se dê conta, já é hora der ir embora.
Todos lhe apertam as mãos e se despedem enquanto ela entra no elevador. O elevador sobe, sobe, sobe, e ela se vê novamente na porta do paraíso, onde São Pedro a espera.

-  Agora é a hora de visitar o céu.
Assim, nas 24 horas seguintes, a mulher se diverte pulando de nuvem em nuvem, tocando harpa e cantando. É tudo tão bonito e tão sereno, que, quando percebe, as 24 horas se passaram e São Pedro vai buscá-la.

- Então, passou um dia no inferno e outro no paraíso.
Agora você deve escolher sua eternidade.

A mulher pensa um pouco e responde:
Senhor, o paraíso é maravilhoso, mas penso que me senti melhor no inferno, com todos os meus amigos e aquela intensa vida social.

Assim, São Pedro a acompanha até o elevador, que outra vez desce, desce, desce, até o inferno.

Quando as portas do elevador se abrem ela depara com um deserto, inóspito, sujo, cheio de desgraças e coisas ruins. Vê todos os seus amigos, vestidos com trapos, trabalhando como escravos, aguilhoados por diabos inferiores, que estão recolhendo as desgraças e colocando-as dentro de bolsas pretas. O diabo se aproxima e conduz a mulher pelo braço, com brutalidade.

- Não entendo - balbucia a mulher. - Ontem eu estava aqui e havia um campo de golfe, um clube, comemos lagosta e caviar, dançamos e nos divertimos muito. Agora tudo o que existe é um deserto cheio de lixo e todos os meus amigos parecem uns miseráveis.

O diabo olha para ela e sorri:

-  Ontem estávamos te contratando. Hoje você faz parte da equipe

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